Apontamentos clima de Portugal

  • 1. 3.1 – A especificidade do Clima Português
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  • 2. A Importância da água) A água cobre quase três quartos da superfície terrestre e é indispensável à vida de todos os ecossistemas.b) A maioria das actividades humanas utiliza a água, sendo a Agricultura que , no Mundo e em Portugal, consome maior quantidade.c) Cerca de 2/3 deste bem precioso subsiste em 3 formas : liquido, sólido e gasoso, estando distribuído de modo desigual na superfície terrestre. Este facto, coloca este recurso numa posição exigente que requer planeamento e gestão adequada para minimizar o seu risco de escassez.d) O Ciclo Hidrológico, através de mecanismos de transferência e de renovação garante a distribuição da água à superfície terrestre sem se perder nem desaparecer.
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  • 3. Condensação – Processo físico que Evaporação – Processo físico quecorresponde à mudança da água do corresponde à mudança da água doestado gasoso para o estado líquido estado líquido para o estado gasoso 1 2 4 3Infiltração – Movimento da água por Transpiração – Passagem da água , presenteacção da gravidade que a obriga a ir nos seres vivos vegetais e animais , em estadopara o interior do solo. líquido, para a atmosfera em estado gasoso

  • 4. Centros Barométricos Centros Barométricos – São Centros de acção, constituídos porCentros Barométricos :linhas Isobáricas que têmSão linhas valorunem pontos atmosférica, o mesmo que de pressão com igual valorIsóbaras ou Isobáricas –(Ciclones, Depressões Barométricas) -oBaixas Pressõesonde ar circula de forma diferente se for um Anticiclone ou umade pressão atmosféricaDepressão Barométrica. - Altas Pressões (Anticiclones) Centro de baixas 101 5 pressões (depressão 101 0 barométrica , Ciclone) 100 5 O valor da pressão de 1000 cada uma das isóbaras 995 B- que o constitui é inferior ao valor da pressão normal e esta diminui da periferia para o interior. A Isóbara do centro O ar desloca-se sempre das altas para apresenta menor pressãoas baixas pressões, logo nos Ciclones o ar atmosférica. Representa-converge. se normalmente pela letra B ou pelo sinal - .

  • 5. Centro de Altas Pressões ( Anticiclones) Centro de Altas pressões (Anticiclone) 0 O valor da pressão de 102 5 cada uma das isóbaras 102 que o constitui é superior 0 103 ao valor da pressão 1035 1040 normal (1015 milibares A+ mb) e esta aumenta da periferia para o interior. A Isóbara do centro apresenta maior pressão atmosférica. Representa- se normalmente pela letra A ou pelo sinal + . O ar desloca-se sempre das altas paraas baixas pressões, logo nos Anticicloneso ar diverge.

  • 6. Baixas Pressões (Ciclones, Depressões Barométricas) Corte Vertical Corte Horizontal1 - O ar converge e ascende.2 - Há um arrefecimento do ar, logo a temperatura do ar diminui.3 - A Humidade Relativa aumenta. (A humidade relativa varia na razão inversa datemperatura)4 - O ar atinge o Ponto de Saturação.5 - Há a formação de nuvens e a sua Condensação.6 - Precipitação7 - Mau Tempo

  • 7. Altas Pressões (Anticiclones) Corte Vertical Corte Horizontal1 - O ar diverge e descende.2 - Há um aquecimento do ar, logo a temperatura do ar aumenta.3 - A Humidade Relativa diminui. (A humidade relativa varia na razão inversa da temperatura)4 - O ar afasta-se do Ponto de Saturação.5 – Não há formação de nuvens e a sua Condensação (Céu Limpo)6 – Não há Precipitação7 – Bom Tempo

  • 8. Circulação do ar nos Centros Barométricos
  • 9. Circulação do ar nos Centros Barométricos
  • 10. Baixas Pressões (Ciclones, Depressões Barométricas)
  • 11. Altas Pressões (Anticiclones)

  • 12. Variação da pressão atmosférica com a Latitude A pressão atmosférica à superfície do globo dispõe-se por faixas, mais ou menos paralelas segudo a latitude e alternadamente de baixas e de altas pressões. Embora a localização destes Centros Barométricos não seja sempre a mesma, de um modo geral eles posicionam-se da seguinte maneira RegiãoPressões Polares Altas IntertropicalO arRegiões Temperadas desloca-se das altas Regiões Polares Baixas Pressões Subpolarespressões subtropicais para asO ar desloca-se das altasO ar desloca-se equatoriaisbaixas pressões das altas aspressões subtropicais parapressões Pressõespara as Altas Polares Subtropicaisoriginando os ventos alísios. alísiosbaixas pressões subbpolaresbaixas pressões subbpolaresEsta convergência provenienteoriginando os ventos de Oeste. Oestedando origem H.S ventos deCIT aos origina ado Baixas do são osEquatoriais H.N e Pressões que maisEstes ventosEste ou de Leste.(Convergência Intertropical)afectam o território nacionalEstes ventos ventos alíseos são frios e secosPorlongo do ano permitindo queao vezes osdado que Pressões Subtropicais Altas são provenientes dasenfraquecem de tal modo quetenhamos sempre temperaturasregiões polares. espaços semoriginam grandes ao seu artemperadas devidovento, formando as Subpolares Baixas Pressões chamadasmais quente.calmas equatoriais ou doldrums. Altas Pressões Polares

  • 13. Localização dos Centros Barométricos no Solstício de Junho (Verão)No Solstício de Junho os Centros Barométricos estão deslocados para norteuma vez que o Sol está no mesmo plano do Trópico de Câncer.

  • 14. Localização dos Centros Barométricos no Solstício de Dezembro (Inverno)No Solstício de Dezembro os Centros Barométricos estão deslocados para Suluma vez que o Sol está no mesmo plano do Trópico de Capricórnio.

  • 15. As Massas de ar que afectam Portugal Massa de ar Massa de ar Polar Continental Polar Marítimo Muito frequente Massa de ar Muitotropical ar frequente emMassa deno Portugal em Continental Portugal no Inverno. Tem tropical Inverno. Tem origem no interior Tem origem nas Continental origem nas nas do continente regiões tropicais Tem origem regiões tropicais europeuoceânicase regiões a médias do interior dos a aOceano. É um e elevadas É um no elevadas continente. Latitudes. É um ar latitudes. É um ar ar muito seco e ar muito húmido húmido. Está muito frio e seco seco e muito associada à e pode originar a quente. passagem da descida da Frente Polar. temperatura abaixo dos 0ºc.No Inverno – Devido aos deslocamento para Sul das Baixas PressõesSubpolares, verifica-se sobre o nosso território a convergência de massasde ar polares e tropicais, da qual resulta a formação de superfíciesfrontais e frentes.

  • 16. Superfícies frontais e frentes Quando duas massas de ar de características muito diferentes convergem e entram emcontacto uma com a outra não se misturam, ou misturam-se muito lentamente, pelo queficam separadas por uma zona de transição a que se dá o nome de Superfície Frontal. Esta,em contacto com a superfície terrestre dá origem à chamada frente. Formação e evolução da frente polar Superfície Frontal – Superfície Frente – Linha que resulta da de contacto entre duas massas de intersecção da superfície ar com características físicas frontal com a superfície da (temperatura e humidade) muito terra. diferentes.

  • 17. Superfícies frontais e frentes Quando se verifica um avanço do ar quente sobre o ar frio dá origem a uma Superfície frontal quente e a uma frente quente. Sistema Frontal Conjunto de duas ou mais frentes associadas Quando se verifica um avanço do ar frio sob o ar quente dá origem a uma Superfície frontal fria e a uma frente fria

  • 18. Superfície Frontal Fria – Superfície de separação entre Superfície Frontal Quente – Superfície de separação Sistema Frontal massas de ar correspondente ao avanço do arduas massas de ar correspondente ao avanço do ar frio entre duassobre o ar quente. A inclinação da frente fria é mais(Corte Vertical) quente sobre o ar frio. A inclinação da frente quente éacentuada do que a quente, dando origem a uma subida pouco acentuada e o ar quente desloca-se lentamenterápida e violenta do ar, o que leva a formação de nuvens sobre o ar frio, o que leva a formação de nuvens de fracode grande desenvolvimento vertical, que dão origem a desenvolvimento vertical e precipitação sob a forma deaguaceiros e a trovoadas. chuviscos. Frente Fria – Linha de contacto de Frente Quente – Linha de contacto uma superfície frontal fria com a de uma superfície frontal quente superfície terrestre. com a superfície terrestre.

  • 19. Sistema Frontal(Corte Vertical 3D)

  • 20. Perturbação Frontal (Vista em plano horizontal e Vertical) Perturbação Frontal Conjunto constituído por duas frentes contíguas (uma quente e outra fria), associadas a um centro de baixas pressões, no interior do qual o ar se movimenta.

  • 21. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação FrontalAproximação da frente/superfície frontal quente ao lugar A (ar frio anterior) Vertical Vertical 3D HorizontalEmbora ainda sob a influência do ar frio anterior, a aproximação da frente quente marca o início doagravamento do estado do tempo: 1 – Diminuição da Pressão Atmosférica; 2 – Aumenta a nebulosidade com a formação de nuvens altas e finas; 3 – Aumenta a Humidade;

  • 4 – Ocorrem as primeiras precipitações, sob a forma de chuviscos (Chuva miudinha e persistente); 5 – A Temperatura mantém-se relativamente constante ou aumenta gradualmente.

  • 22. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal Influência da frente/superfície frontal quente ao lugar A. Vertical Vertical 3D Horizontal Aquando da passagem da frente quente, e nos momentos que a precedem, as condiçõesmetereológicas tendem a piorar. Verifica-se então: 1 – Diminuição da Pressão Atmosférica; 2 – Céu muito nublado, sobretudo com nuvens de fraco desenvolvimento vertical (pouco espessas); 3 – Ocorrência de chuvas contínuas e de longa duração (chuviscos); 4 – Temperatura relativamente baixa mas com tendência a subir progressivamente devido à aproximação da massa de ar quente; 5 – Ocorrência de vento fraco.

  • 23. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal Após a passagem da frente/superfície frontal quente ao lugar A Vertical (massa de ar quente) Vertical 3D Horizontal .Após a passagem da frente quente e já sob a influência do ar quente verifica-se uma melhoria geralno estado do tempo: 1 – Céu limpo ou pouco nublado; 2 – Curtos períodos de precipitação alternando com períodos de boas abertas (céu limpo); 3 – Vento fraco ou moderado; 4 – A temperatura é relativamente elevada para a época.

  • 24. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal Influência da frente/superfície frontal fria ao lugar A. Vertical Vertical 3D HorizontalCom a aproximação e passagem da frente fria surge um novo agravamento no estado do tempo: 1 – Aumento da velocidade e intensidade do vento; 2 – Aumenta a nebulosidade com a formação de nuvens de grande desenvolvimento vertical (muito espessas), devido à rápida subida do ar quente ao longo da superfície frontal fria; 3 – Aumenta a Humidade; 4 – Chuvas intensas e de curta duração acompanhadas de trovoada; 5 – A Temperatura diminui, devido à aproximação da massa de ar frio do sector posterior. 6 – A pressão atmosférica aumenta rapidamente.

  • 25. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal Após a passagem da frente/superfície frontal fria ao lugar A (massa de ar frio posterior) Vertical Vertical 3D Horizontal Depois da passagem da frente fria e já sob a influência do ar frio posterior tende a verificar-se uma maior estabilidade no estado do tempo: 1 – Mudança na direcção do vento; 2 – Aumenta a pressão atmosférica; 3 – A nebulosidade diminui com tendência a ficar limpo; 4 – A precipitação enfraquece, embora possam ainda ocorrer alguns aguaceiros dispersos; 5 – A Temperatura mantém-se reduzida, devido à presença da massa de ar frio polar, mas com tendência a aumentar gradualmente.

  • 26. Superfície Frontal e a sua génese Frente Estacionária Frontogénese Processo que leva à formação de uma perturbação da frente polar. O ar polar tende a deslocar-se para Sul, em direcção ao Equador, enquanto o ar tropical tende a movimentar-se para Norte, em direcção ás regiões polares. Ao encontrarem-se, entram em conflito, acabando por se interpenetrar. Enquanto não surge a ondulação ou esta é ainda pouco nítida, a frente polar diz-se estacionária. Porém, quando a ondulação é suficientemente pronunciada, diferenciam-se sectores de ar frio polar e de ar quente tropical, separados pelas respectivas superfícies frontais e frentes originando os Sistemas Frontais.

  • 27. Superfície Frontal e a sua oclusão Frente Oclusa Zona de transição onde uma frente fria, ao mover-se mais depressa, ultrapassa e obstrui uma frente quente, provocando a elevação de todo o ar quente (efeito de bolha) Frontólise Processo que leva à morte ou oclusão de uma perturbação de frente polar. O período de vida de um sistema frontal ou perturbação frontal é geralmente muito curto, não indo além dos dois a três dias, e apenas raramente poderá atingir cerca de uma semana. - O ar frio posterior ao - A superfície frontal fria - A frente fria acaba por alcançar apenetrar em forma de cunha progride com maior frente quente o que origina a frentesob o ar quente que se lhe velocidade que a superfície oclusa, pelo que o ar frio posteriorsegue, obriga-o a subir mais frontal quente. O ar quente junta-se ao ar frio anterior obrigandorapidamente. vai sofrendo um progressivo todo o ar quente a subir. estrangulamento.

  • 28. Evolução de uma perturbação da frente polar (Frontogénese à Frontólise)
29.http://www.metoffice.gov.uk/weather/uk/surface_pressure.htmlhttp://www.weather.ul.pt/satellite.phphttp://www.meteorologia.xl.pt/http://tempo.sapo.pt/local/moimenta_da_beira
  • 30. Os tipos de Precipitação mais frequentes Para que aconteça qualquer forma de precipitação é necessário que haja nuvens epara que estas se formem é imprescindível que tenha havido uma subida do ar capaz delhe provocar um arrefecimento suficiente para ser ultrapassado o ponto de saturação ehaver lugar à condensação do vapor de água. Sendo assim, de acordo com o mecanismo que provoca a subida do ar e o seuconsequente arrefecimento, podemos distinguir três tipos de precipitação: 1- Precipitação Frontal ou Ciclónica. 2- Precipitação Orográfica ou de relevo. 3 - Precipitação Convectiva ou de Convecção.

  • 31. A distribuição da Precipitação em Portugal A distribuição da precipitação em Portugal denota uma grande irregularidade a nível do tempo ( Intra Anual e Interanual) e do espaço. Tal facto deve-se essencialmente à influência da Latitude, Altitude e à Continentalidade.Latitude - O Norte é mais pluvioso porque é mais afectado pela passagem das perturbações frontais enquanto que o Sul regista menores valores de Precipitação porque é sobretudo influenciado pelos Anticiclones Subtropicais e pelas Massas de ar Tropicais.Altitude - As regiões de maior altitude registam valores de maior precipitação principalmente Precipitação do tipo Orográfico ou de relevo.Continentalidade - Os lugares mais próximos do Oceano (Litoral) têm tendência a registar valores de precipitação anual superiores àqueles que se verificam nos lugares situados mais no interior dos Continentes.

  • 32. Estados de Tempo mais frequentes em Portugal - Inverno Situação meteorológica mais comum No Inverno, Portugal é afectado pelos sistemas frontais e pelas depressões barométricas. Deslocam-se de Oeste para Leste, em vagas sucessivas. As perturbações da frente polar encontram-se, por esta altura, extremamente activas, dando origem a “mau tempo” caracterizado por:1- Céu muito nublado;  2- Precipitação mais ou menos abundantes e vento moderado ou forte;3- As temperaturas médias diurnas e mensais são relativamente baixas,devido à maior inclinação dos raios solares e à menor duração do dia.

  • 33. 2ª situação meteorológica de InvernoA situação meteorológica atrás descrita, sendo embora dominante, não é únicanesta estação do ano:  Frequentemente, devido ao intenso arrefecimento do ar em contacto com o solo muito frio, forma-se na Península Ibérica um Anticiclone térmico. Este constitui uma barreira às perturbações frontais provenientes de Oeste. Neste caso, o tempo é caracterizado por:1 - dias luminosos e secos,2- céu limpo e temperatura elevada nos lugares abrigados. Mas onde sopra o vento, sente-se frio e durante a noite arrefece tanto que de madrugada se desenvolve geada.

  • 34. Estados de Tempo mais frequentes em Portugal - VerãoSituação meteorológica mais comum No Verão, Portugal está sob a influência das altas pressões subtropicais, com especial destaque para o Anticiclone dos Açores. Perante as condições referidas, domina nesta estação o “bom tempo”, tempo” que é caracterizado por:1 - Céu pouco nublado ou limpo;2 - Vento moderado ou fraco;3 - As temperaturas médias são relativamente elevadas, devido à menorinclinação dos raios solares e os dias são maiores do que as noites.

  • 35. 2ª situação meteorológica de VerãoA situação meteorológica atrás descrita, sendo embora dominante, não é únicanesta estação do ano:  Frequentemente, devido ao elevado aquecimento diurno verificado no interior da Península Ibérica, forma-se sobre ela uma Depressão Barométrica responsável pela ocorrência de Precipitação Convectiva . Neste caso, o tempo é caracterizado por:1 - dias quentes,2- Vento fresco do quadrante norte (nortada).3 – Ocorrência de chuvas fortes e trovoadas.

  • 36. Climas de Portugal Norte Litoral – Clima Temperado Marítimo1 – Verões frescos e Invernos suaves.2 – Reduzidas Amplitudes Térmicas Anuais.3 – Precipitações mais ou menos abundantesprincipalmente no Outono e Inverno

  • 37. Norte Interior – Clima Temperado Continental1 – Verões muito quentes e Invernos frios elongos.2 – Elevadas Amplitudes Térmicas Anuais.3 – Precipitações menos intensas e frequentes


  • 38. Sul – Clima Temperado Mediterrânico1 – Verões muito quentes longos e secos eInvernos curtos e suaves.2 – Precipitações escassas e irregulares eocorrem principalmente no Outono e Inverno 

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